domingo, 18 de julho de 2010

Entre rosas e espinhos


Havia pétalas por toda parte
Seu mundo à dor se entregou.
Como juntar suas partes?
Estava inundada, arrasada
Estava sem reação.
Confuso sentimento,
A chegada das lágrimas
Só piorou tudo.
Espinhos nunca foram boa companhia.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Contraponto


Intenso, exagerado,
Profundo, confuso.
Em meio a símbolos rabisco o céu,
Corto os pulsos pra um novo começo.
Unindo pouco de mim, tudo do mundo.
Cansada corro na direção oposta,
Talvez para mostrar mais de mim
E o pouco do mundo.
Vivo entre outonos e primaveras.
Colho as rosas, respeito seus espinhos.
Repito sentimentos, escondo sentimentos,
Escolho-me para destoar à estrada.

domingo, 11 de julho de 2010

Ultimo ato.


Quando contaram não pode acreditar.
A loucura ela se entregou.
E agora vivia em delírio, ainda a sua espera.

No começo passava horas na janela esperando...
Os dias passaram e a pobre lá ficou,
 Vestida com ele a deixou.

Decadente aquela cena,
Ela não compreendia que cortinas
 Haviam se fechado antes do ultimo ato.

A noticia bateu em seu peito,
Sem forças uma lagrima caiu
Arrependimento, tristeza, dor.

Em punhos trêmulos a carta escreveu,
Marcou com lagrimas seu ultimo adeus
E com uma bala finalizou sua agonia.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Carta do tempo.( parcela I)






Nasceu como todos, nasceu só, nasceu Rosinha.
E desde cedo corria naquele pequeno ser toda a indiferença do mundo.
Para primeira mostra de sua rebeldia, resolveu cuspir na cara de uma amiga da família. Primeira visita que recebeu ao chegar nesse mundo pouco amistoso.
Gostava de caminhar no jardim das lagrimas, e em uma de suas caminhadas descobriu olhando para seu reflexo no pequeno riacho ser torta.
 Coloria demais, fantasiava em demasia, vivia anos luz de tantos outros.
Tinha alma de artista!
No começo tudo é muito divertido, então se fez festa no jardim para saldar toda a estranha essência de Rosinha.
Como aliado traiçoeiro rosinha tinha o tempo. Ele daria as próximas cartas e ela como sempre receberia todas com belo sorriso.
Sua primeira carta foi à insatisfação, já não bastava colorir e alegrar queria mudar, queria mais, e buscou... Buscou mais cor, menos medidas, mais diferenças.
A segunda carta como já era de se esperar, não chegou para rosinha, mas para seu clã. E foi a censura, então trataram logo de colocar em pratica o presente recebido. Pintaram os rostos e foram pra guerra contra a dita alma de artista de pobre menina.
Apesar dos apoios recebidos, de muita demonstração de força e decisão, Rosinha desbotou.
Hoje não é a mesma, chora pelos cantos, mas baixo, pois a censura esta presente. Mas às vezes quando se embala nos sons ouvidos ao longe, rosinha em diz em um grito abafado:
_Tenho alma de artista!
No fundo até Rosinha começa a duvidar da essência dessa alma, e todos sabem que se ela deixar de acreditar a próxima carta a ser recebida será o fim o mestre dos mestres.