E
nestes quatro anos de curso nunca estive tão próxima da realidade da minha
futura profissão como agora.
Pois
no inicio parecia tudo tão simples, quase que mecânico, uma coreografia sequencial:
“Cuidado
com a vestimenta, com seu vocabulário, não deixe ele perceber que você olha o
relógio.”
“Não
confronte seu paciente na Anamnese...
Escuta atenta, faça o acolhimento.”
“Nós
Psicólogos não podemos utilizar de senso comum” (mas que diabo é esse senso comum gente!?)
“Calma não se cobre muito, os resultados vêm
aos poucos.”
Simples
não? Muito fácil, ouço e respondo.... Não é fácil, nunca foi nem será.
Nem
com trinta, quarenta, cinqüenta anos de carreira. Mas por quê?
Porque
ser Psicólogo é estar aberto ao constante vir a ser do individuo.
Ser
Psicólogo é se deparar a cada dia com um novo desafio, com uma nova limitação
tanto nossa, quanto do paciente.
Ser
Psicólogo é entender que nunca terá frase feita para os pacientes, que cada
individuo que entra por nossa porta é único e exige um entendimento exclusivo.
É
ter dias onde por mais que tenha problemas em minha vida pessoal terei de fazer
o exercício de me afastar para conseguir me aproximar o outro.
Ser
Psicólogo é nunca se esquecer que por mais habilidade que eu consiga adquirir
nunca será o suficiente para ser Psicólogo do meu próprio lar.
E
não se esquecer que meu paciente tem que entrar de uma forma e sair diferente
do que entrou.
Parabéns
a todos os Psicólogos. Arquitetos da Psique.